Numa Cidade Muito Longe Daqui - Polícia e Bandido - Ao Vivo

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Lyrics

Entendo esse mundo complexo
 Favela é a minha raiz
 Sem rumo, sem tino, sem nexo e ainda feliz.
 Nem toda maldade humana está em quem porta um fuzil
 Tem gente de terno e gravata matando o Brasil
 Minha favela...
 Favela, ô
 Favela que me viu nascer
 Eu abro o meu peito e canto o amor por você.
 Favela, ô
 Favela que me viu nascer
 Só quem te conhece por dentro
 Pode te entender.
 Minha favela...
 O povo que sobe a ladeira
 Ajuda a fazer mutirão
 Divide a sobra da feira
 E reparte o pão.
 Como é que essa gente tão boa
 É vista como marginal
 Eu acho que a sociedade
 Tá enxergando mal
 Minha favela...
 Favela, ô
 Favela que me viu nascer
 Eu abro o meu peito e canto o amor por você.
 Favela, ô
 Favela que me viu nascer
 Só quem te conhece por dentro
 Pode te entender.
 Minha favela...
 Um dia o bicho pegou o coro comeu
 polícia e bandido se encontraram e bateram de frente
 e aí rapaziada, foi chapa quente,
 chapa quente, chapa quente!
 bateu de frente
 Um bandido e um subtenente lá do batalhao
 foi tiro de lá e de cá
 balas perdidas no ar
 até que o silencio gritou
 dois corpos no chão que azar
 feridos na mesma ambulância uma dor de matar
 mesmo mantendo a distância não deu pra calar
 polícia e bandido trocaram farpas
 farpas que mais pareciam balas
 e o bandido falou assim
 você levou tanto dinheiro meu
 e agora vem querendo me prender
 eu te avisei você não se escondeu
 deu no que deu a gente tá aqui
 pedindo a Deus pro corpo resistir
 será que ele ta afim de ouvir?
 você tem tanta bazuca pistola fuzil e granada
 me diz pra que tu tem tanta munição
 é que além de vocês nós ainda enfrenta um outro comando outra facção
 só tem alemão sanguinário
 um bando de otário marrento querendo zoar
 por isso que eu to bolado assim
 eu também to bolado sim
 é que o judiciário tá todo comprado
 e o legislativo tá financiado
 e o pobre operário que joga seu voto no lixo
 não sei se por raiva ou só por capricho
 coloca a culpa de tudo nos homens do camburão
 eles colocam a culpa de tudo na população
 e se eu morrer vem outro em meu lugar
 e se eu morrer vão me condecorar
 e se eu morrer será que vão lembrar
 e se eu morrer será que vão chorar
 e se eu morrer
 e se eu morrer
 e se eu morrer
 e se eu morrer
 chega de ser subjulgado
 subtraído, subnutrido
 um sub-bandido de um sub-lugar
 um subtenente de um sub-país
 sub-infeliz
 Laialaialaialaialaiá...
 mas essa estória eu volto a repetir
 aconteceu numa cidade muito longe daqui
 que tem favelas que parecem as favelas daqui
 que tem problemas que parecem os problemas daqui, daqui, daqui
 Laialaialaialaialaiá...

Audio Features

Song Details

Duration
03:25
Key
9
Tempo
97 BPM

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