Seu Ferrera e o Parmera

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Lyrics

Sandoval Guedes, a voz do futebol!
 Alô, ouvintes do Brasil, ligados na sua Rádio Povo
 A rádio ligada no futebol pra você
 Tarde bonita aqui, Parque Antártica, tarde ensolarada
 E mais um clássico que iremos transmitir aqui na nossa Rádio Povo
 Por favor, Jacaré, escalação do palestra Itália
 Ah! Pois não, Sandoval, o Palestra vem assim
 No gol, João Marcos, Benazi e Teta
 Jaime Boni e Carlão na lateral
 Tripé de meio-campo, Rocha, Fausto e Aragonês
 No ataque, Barbosa, Reginaldo e Carlos Henrique...
 ♪
 Sempre que o Parmera' joga em casa
 Com tufão ou sol em brasa, o Seu Ferrera vai
 De manhãzinha ele já sai
 rapidinho ele se veste
 E embarca na leste-oeste pra descer na Marechal
 De lá, a pé é mais legal
 E em direção ao Parque Antártica
 Invade um botequim e pede uma Brahma
 Se num tiver ele, reclama
 E discutindo o certame, ele arrisca um salame
 E diz que hoje dá
 O Jaime Boni vai jogar
 Depois da quarta abrideira, paga e sai
 De botequim em botequim, é que ele vai
 Pois sabe que a torcida, que canta e vibra
 Não é a mesma sem Ferrera lá
 Era o terror do Mustafá
 Compra o jornal e lê primeiro o Havalone (meus Deus)
 O Chico Lang, rasga e joga em plena pista
 Juca Kfouri, ele despreza friamente
 Dizendo: esse esqueceu que é freguês da gente
 E segue assim, todo contente
 Em frente ao parque, ele avista toda a massa
 É casa cheia para ver o verde escrete
 Encara uma calabresa ao vinagrete
 E descobre que o Barbosa hoje joga com a sete
 Ele é valente, esse é o valente
 Adentra o majestoso da Pompeia
 E verifica que a plateia está toda lá
 Para a torcida adversária, do outro lado
 Faz um sinal mal-educado e vai se sentar
 Mas nessa altura, o verdão penetra a cancha (vai, vai!)
 E ele sambando com o batuque lá da Mancha
 Diz: que beleza! Que tarde azul!
 Hoje não sobra nada para o XV de Jaú
 E no giro esportivo da sua Rádio Povo
 Os outros resultados da rodada (Palmeita! Chuta, Santinha!)
 Pacaembú, Corinthians zero, Marília três
 Morumbi, Juventos quatro, São Paulo um (daí, se eu tiro, é um gol)
 Vila Belmiro, Ferroviária dois, santos zero
 Jogos encerrados
 Começa o jogo e fica aquele vai e não vai
 Toque de lado, passe errado e o gol que não sai
 Inteligentemente, o XV contra-ataca
 E distribui drible da vaca só pra chatear
 Aos 37, Seu Ferrera se levanta
 Contrariado, ele não vibra e nem canta
 Grita: Juiz! (Vai tomar... cê num...)
 Num vê que isso foi falta? Cê tá cego, urubu?
 (Marinaldo comanda um a zero, XV de Jaú)
 E o juiz apita e aponta o meio campo
 O primeiro tempo foi aquele desencanto
 Toma uma água e mastigando amendoim
 Ah, mas no segundo tempo a gente vira, vai por mim
 O XV nunca joga assim
 Recomeça o jogo e recomeça todo o drama
 Porque o XV faz um baile em plena grama
 Mas num bicão desesperado que o Benazi deu
 Rocha tava impedido, mas o gol valeu
 E Seu Ferrera enlouqueceu (aê, porra!)
 O tempo passa e o jogo fica uma tristeza (chupa, Santinha!)
 Pros jogadores, o empate tá beleza
 Mas ele grita: pro ataque, seu jacú!
 É que, nervoso, o Seu Ferrera treme mais que o Yamandú
 Psiu, psiu! Oh, Jaime Boni!
 O cara é um pereba
 Isso aí não é o Manchester não, isso é o XV de Jaú
 Pra cima deles, rapaz! Pra cima deles!
 47, um escanteio pro Parmera'
 A torcida faz zoeira só pra ver se dá (Parmera')
 Rocha levanta e alguém enfia a testa (ó lá, ó lá!)
 Silencia o Palestra... (é gol!)
 Pra depois vibrar ('cabou!)
 E o juiz apita e aponta o meio-campo
 Aragonez sai do gramado como um santo (aê, Aragonês!)
 E Seu Ferreira, creia você (que é que tem hoje?)
 Foi beber a vitória (aonde?)
 No ensaio da Nenê (èh, tá bom!)
 

Audio Features

Song Details

Duration
04:42
Tempo
80 BPM

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