Angra

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Lyrics

Angra desolada, dia que não raia
 Barcos submersos, rochas de atalaia.
 Redes agonizam pelo chão da praia,
 Lemes submissos, dia que não raia azul.
 Nuvens de ameaça, lua prisioneira.
 Águas assassinas, chuva carpideira.
 Volta ao porto o corpo morto
 De outro moço:
 Cruz de carne e osso
 Que tentou fugir no mar.
 Asas invisíveis sobre o meu silêncio
 Facas dirigidas contra o que eu não tento,
 E hoje o mar de Angra
 Sangra dos meus olhos
 Precipício aberto
 De onde me arrebento.

Audio Features

Song Details

Duration
02:53
Key
11
Tempo
75 BPM

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